A geopolítica mundial depois de Trump

Dizem os mais prudentes que devemos esperar um pouco a finalização das apurações das eleições para comentarmos os desdobramentos que elas possam vir a ter. No caso dos EUA, esses desdobramentos são mundiais. Pretendo abordar, com este pequeno ensaio...

Leia Mais
Concepções sobre a amplitude de uma frente político-eleitoral É...

Vi em dezenas de postagens no Facebook, e as que recebi por WhatsApp e mesmo em leitura de artigos,as visões mais díspares sobre o significado de frente política e eleitoral. Frentes políticas, eleitorais, e mesmo frentes estabelecidas em meio a processos...

Leia Mais
Análise do desempenho eleitoral do PCdoB em Campinas em 2016

Não podemos propriamente analisar as eleições municipais deste ano olhando apenas os resultados eleitorais finais, ainda que estes possam ser um grande indicador. Nesse sentido, stricto sensu, podemos dizer que ou tivemos pequena vitória em plano nacional ou...

Leia Mais
Bolsonaro, aos poucos, vai se assumindo como neonazista

Não posso deixar de manifestar o meu repúdio e asco de que uma deputada nazista alemã tenha sido recebida em palácio, por este que se apresenta como nosso presidente. Uma vergonha para nós no mundo inteiro. A deputada Beatrix von Storch, membro do partido...

Leia Mais
Apropósito do projeto da escola sem partido

A direita tem utilizado o termo “escola sem partido”. Eles saíram na frente e se apropriaram de um slogan que tem tido certo apelo popular, pois leva um cidadão com informações medianas a apoiar a proposta por achar que a escola esta sendo...

Leia Mais
O novo presidente do Irã e a geopolítica mundial

Desde quinta-feira, dia 5 de agosto, o Irã já tem o seu oitavo presidente desde a Revolução Islâmica de 10 de fevereiro de 1979, há 42 anos, revolução essa, pesadelo dos Estados Unidos. O novo presidente, Dr. Ebrahim Raisi, doutor em direito e...

Leia Mais
Ecos dos atentados de 11 de setembro

No dia 11 de setembro de 2021, sábado, foi lembrado em todo o mundo os atentados das Torres Gêmeas, na cidade de Nova York, que levaram a morte exatas 2.996 pessoas. Sabemos que a tristeza da burguesia internacional é seletiva, pois nesse mesmo dia, no ano de 1973, um presidente...

Leia Mais

Sociologia no Ensino Médio: Desafios e Perspectivas

Professor Lejeune - 17-07-2015 8947 Visualizações

livro3Título do Livro: Sociologia no ensino médio: Desafios e perspectivas.
Visualize o livro no FACEBOOK
Autor – Lejeune Mirhan
Editora – Anita Garibaldi Ano – 2015
Páginas – 288 ISBN – 978-857277157-3

Preço de Tabela: R$50,00

O mercado editorial brasileiro acaba de ganhar um novo livro sobre um tema inédito: o mercado de trabalho dos sociólogos brasileiros. Mas, o que fazem mesmo esses profissionais, cujos diplomas são “bacharel em Ciências Sociais” ou “bacharel em Sociologia”?


Lançado PelaEditora Anita Garibaldi, o livro foi escrito pelo sociólogo e professor Lejeune Mirhan, antigo militante da área do sindicalismo dos profissionais liberais. Presidiu a Federação Nacional dos Sociólogos e o Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo.


O livro, conforme o próprio autor relata, é fruto de pesquisas e experiências pessoais ao longo de 30 anos. A estimativa é que devemos ser em todo o país pelo menos 40 mil formados.Todos esses/as sociólogos/as atuam como tal?


que são quatro os grandes blocos entre esses 40 mil. Uma quarta parte jamais trabalhou e nunca trabalhará como sociólogo. Geralmente, faz o curso de CS para “ampliar seus conhecimentos e horizontes culturais” (baseia-se em uma pesquisa feita pela USP). Outra quarta parte está vinculada à docência no ensino médio e superior. Esse é o mercado mais cativo dos sociólogos. Uma outra quarta parte atua como sociólogo, desempenha funções compatíveis com a sua formação, mas é contratado com outras denominações, por exemplo: “analista de desenvolvimento urbano”, “analista ambiental”, mas é formado em CS. Por fim, o último bloco são os sociólogos que exercem diretamente a função e são contratados nessas condições.


O livro é interessante pelos dados que traz e propostas que o autor apresenta à categoria, todas no sentido de ampliar o mercado de trabalho dos sociólogos. Menciona mais de 130 cursos de Ciências Sociais com quase 30 mil estudantes matriculados. Sabemos que muitos desses seguirão a carreira de cientistas políticos ou antropólogos. Mas a imensa maioria optará por ser sociólogo.

O autor identifica pelo menos 18 áreas de mercado de trabalho onde temos a presença de sociólogos. Divide essas áreas em três blocos: o primeiro ele chama de mercado tradicional e bem consolidado. Usa o termo “bem aquecido”. Aí está a docência propriamente dita, pesquisas de opinião e de mercado e pesquisas acadêmicas na área de Ciências Sociais.

Os dois blocos restantes, o autor chama de “áreas não exclusivas – mercado relativamente aquecido” e menciona isso em função de que diversas outras profissões também atuam nessas áreas. Entre elas, ele cita meio ambiente, planejamento, reforma agrária, marketing político, entre outras. Por fim, o terceiro bloco chama de “áreas de trabalho em disputa com outras profissões – mercado pouco aquecido e desenvolvido”. São novas áreas onde já aparecem muitos profissionais, mas ainda são dominadas por outras profissões. O autor cita as relações internacionais, a saúde, a justiça, o setor carcerário, o legislativo, os recursos humanos, a editoração, a comunicação, a cultura e a assistência social, esta última, em especial no SUAS.


e no Brasil como ciência, a implantação das primeiras escolas, as linhas de pesquisas adotadas desde 1936, quando formaram-se os primeiros seis sociólogos (todos homens) pela Escola de Sociologia de São Paulo. O primeiro projeto que tentou legalizar a nossa profissão foi apresentado na Câmara dos Deputados, em 1960. E demoraram 20 longos anos para que a Lei 6.888 de 10 de dezembro de 1980 fosse finalmente sancionada, reconhecendo a profissão de sociólogo no Brasil. A regulamentação veio só em 1984 e os primeiros sindicatos vieram a partir da chamada Nova República, em 1985. A Federação Nacional dos Sociólogos surge em 1988, há 27 anos, mas, com registro em cartório em 1989. Funcionou, contudo, por muitos anos, mais como um movimento social do que uma federação sindical propriamente dita. Há vários capítulos que prestarão imensos serviços aos nossos profissionais. Um deles é sobre o chamado sindicalismo de profissões, em especial de profissionais liberais. O que vem a ser isso? Quantos podem ser considerados “liberais”, no Brasil? Porque os sociólogos foram enquadrados nessa condição? São abordados temas como piso salarial, hora/consultoria, planos de carreira, proposta de currículo mínimo a ser adotado nos cursos de Ciências Sociais e Sociologia. O autor elenca vários anexos, todos de muita utilidade. Publica a Lei e o Decreto de nossa regulamentação, na íntegra. Apresenta uma sugestão de código de ética profissional e uma proposta de Lei que cria o Conselho Federal de Sociólogos e os regionais. Reúne várias tabelas com todos os congressos nacionais de sociólogos ocorridos no Brasil, sendo o primeiro em 1980. Cita todos os presidentes das entidades nacionais, inclusive a “Associação dos Sociólogos do Brasil – ASB”. O livro é encerrado com a participação de sociólogos. O autor publica 15 entrevistas com fotos de sociólogos que atuam nas diversas áreas do mercado de trabalho que ele identificou nas suas pesquisas. O livro é ricamente ilustrado com cartoons de profissionais sociólogos, que atuam nas 18 áreas. Vale a pena que professores, estudantes de Ciências Sociais, Sociologia, Sociologia e Política e, em especial, nossos colegas sociólogos, leiam essa obra inédita no mercado editorial brasileiro.