ALGUMAS CONCLUSÕES SOBRE A REUNIÃO COM A JUVENTUDE REALIZADA NO DIA 21 DE JULHO DE 1999

Prof.Lejeune Mirhan - 20-10-2021 935 Visualizações

Dando prosseguimento às reuniões e aos debates sobre a questão da melhor forma de organizar o jovem comunista filiado ao Partido, realizou-se no último dia 21 de julho uma reunião conjunta da CNO com a Comissão de Juventude, onde estavam presentes os seguintes camaradas: Renato Rabelo, José Reinaldo de Carvalho, Jairo José da Silva Júnior, Joel Batista, Orlando Silva, Ricardo Abreu, André Bezerra e Lejeune Mato Grosso.

                                          

            As principais conclusões que foram tiradas são as seguintes:

  1. A UJS é uma rica, grande e complexa experiência que já ultrapassa os 15 anos e que tem demonstrado fôlego, vitória e acertos;
  2. A questão que se coloca é manter sob influência e direção do Partido, um grande contingente juvenil. É preciso que tenhamos bem definido o caráter da entidade, seus princípios e a nossa política para a UJS;
  3. É preciso que tornemos real e concreta a decisão de garantir a sua autonomia, decisão essa exarada em 16 de abril de 1996 adotada pelo CC. Isso implica concluir que continuamos achando acertada a decisão de manter a sua autonomia e que os jovens comunistas devem ter a sua atuação prioritária e em boa parte dos casos, até exclusiva, nas Organizações e Núcleo da entidade de massa;
  4. Ocorre porém, que esse mesmo jovem comunista deve ter também a sua Organização de Base dentro do Partido, mas só deve receber tarefas executivas e mesmo comparecer às reuniões da Base em momentos especiais, pois a sua prioridade deve ser a militância na entidade de massa;
  5. É preciso que em todos os Comitês Estaduais e se possível, também nos Municipais, um camarada dirigente que seja responsável pelo trabalho juvenil do Partido e este não deve ser da própria entidade, como ocorre em muitos locais;
  6. O núcleo dirigente nacional da UJS deve manter a sua estabilidade, pois isso cria melhores condições, inclusive, para a formação de novos quadros dirigentes nacionais e evita interrupções bruscas de atividades;
  7. Quanto aos cursos de formação, é preciso pensarmos com a Comissão de formação, cursos especiais para a juventude, incluindo tópicos que o Ciforma não aborda, com temas específicos de interesse da juventude. Os cursos da UJS são para as amplas massas e não visam formar comunistas;
  8. Devemos elaborar um documento que vise reafirmar as decisões de abril de 96, procurando normatizar, sem engessamentos, essas mesmas decisões, no sentido de algum nível de detalhamento para orientar e precisar melhor o trabalho do Partido nessa área;
  9. É preciso que façamos o balanço real e concreto da atuação da UJS, onde apareçam números do tipo quantidade de jovens filiados, situação financeira, sedes, núcleos constituídos em quantos Estados e Municípios, as suas principais vitórias e derrotas, os seus obstáculos hoje etc.;
  10. Vemos com bons olhos uma mudança estatutária na UJS, de forma a diminuir a idade do jovem que quer participar. Pensou-se em 24 anos;
  11. É preciso que ocorram reuniões constantes e periódicas entre os responsáveis do Partido pela frente juvenil, com as executivas da UJS (ou frações, quando o núcleo executivo é integrado por jovens não filiados ao Partido).

Campinas, 22 de julho de 1999