Lejeune Mirhan*
Esta não será a primeira vez e espero que não seja a última, em que escreverei comentários sobre as próximas eleições antes, claro, que elas ocorram (comentar depois quase que não tem graça). Por isso o uso do termo “prognósticos”, e não previsões. Aqui apontarei tendências, possibilidades, cenários. Há muito de intuição, mas de análise com base em fatos, dados e pesquisas. O que farei aqui é tudo, menos previsões. Entendam dessa forma.
O cenário em que as eleições ocorrem
Diferente de todas as quatro eleições corridas onde houve a vitória do povo (2002, 2006, 2010 e 2014), estas ocorrerão em uma situação do país em um estado de exceção, de golpe de estado parlamentar onde uma presidente legitima foi derrubada em 2016 e que o melhor presidente de nossa história e maior líder popular do país (desde Prestes e Getúlio) encontra-se na condição de preso político do sistema e do imperialismo.
Governa o país uma quadrilha de bandidos. Alguns dos ministro do Temeroso já foram presos. Outros na iminência de virem a ser. Ele próprio, usurpador e golpista principal – em aliança com os tucanos FHC, Aécio e Alckmin – assim que deixar o governo poderá também ser encarcerado. O parlamento tem praticamente 80% de seus deputados vinculados ao campo da direita, do latifúndio, aos fundamentalistas evangélicos (que, de cristãos, não têm nada), do agronegócio, de empresários da elite do atraso.
As eleições irão ocorrer em completa anormalidade institucional. Vivemos um estado de exceção. O poder judiciário partidarizou-se como um todo, de forma que juízes militam pela causa antipetista e pró-Estados Unidos de forma descarada. E com total apoio do chamado Ministério Público. Nunca o poder midiático esteve tão escancaradamente a favor de um golpe como nestes tempos. Nenhuma das TVs tem programação, em especial jornalística, equilibrada (e olha que não precisaria ser neutra). Todas, sem exceção, dedicam várias horas diárias para bater na tecla de que Lula e seu Partido são os chefes de uma gangue que assaltou os cofres públicos. Sem jamais ter oferecido uma só prova sobre isso.
Teremos eleições em 7 de outubro vivendo em um país que – além de já termos sidos a sexta economia mundial e respeitados em todos os fóruns internacionais – é visto hoje como um pária internacional, uma escória de nação subdesenvolvida, com um povo famélico e uma elite vendida aos Estados Unidos, boa parte dela residente em Miami. Entregaram nosso passaporte para o futuro, que era o pré-sal – a maior reserva petrolífera marinha do mundo – às petroleiras estadunidenses entre outras. A privatização de todo o nosso sistema elétrico está em andamento. Entregaram a maior fabricante de aviões médios e regionais do mundo, que é a Embraer para a gigante Boeing.
O grande sonho de consumo da burguesia brasileira – que nem FHC consegui realizar em seus malfadados oito anos de desgovernos (1995-2002) – de destruir, de revogar, de rasgar a CLT foi conquistado com apoio de um Congresso vendido (literalmente). Precarizam a previdência pública a cada dia. Congelaram desde o ano passado, todos os investimentos em saúde, educação e segurança pública por absurdos 20 anos.
Nesse sentido, as dezenas de pré-candidaturas vão sendo afuniladas nestes últimos dias em que se esgotam os prazos legais de registros das candidaturas dos partidos e suas coligações. Vai ocorrendo, de forma até natural, uma drástica diminuição dos nomes dispostos a seguir até o dia das eleições. A instabilidade decorre, especialmente, pelo fato de que o líder absoluto em todas as pesquisas – Lula da Silva – encontra-se preso e pairam dúvidas jurídicas de que seu nome e sua foto aparecerão na urna eletrônica.
Assim, quero fazer as análises dos cenários possíveis, das campanhas e das candidaturas. A seguir essas opiniões para o debate.
O campo da extrema direta e do fascismo – Aqui temos a candidatura representada pelo capitão reformado e fascista que atende pelo nome de Jair Bolsonaro. Muitas pessoas – eu incluso – ficam estupefatos com a consistência que tem tido até aqui do seu eleitorado e da sua intenção de voto na casa dos 15%. A direita – que a mídia insiste em chamar de “Centrão” (sic) – inventou esse fascista. Um outsider absolutamente sem nenhum conteúdo, um analfabeto político que não sabe nada de nada, um misógino e homofóbico raivoso, tem, na verdade, um eleitorado cativo. Brancos, altamente escolarizados e de alta renda, com uma juventude que vem sendo chamada de “dourada”, também elitizada. Ele cresceu porque roubou votos do eleitorado tucano fascista e direitista do PSDB. Alckmin não decola em função disso. Acho muito difícil ele sustentar seus índices eleitorais atuais. Acho que seus índices são teto eleitorais. Não passará disso e começará a cair. Deve esvaziar. Ademais, terá no máximo oito segundos na TV. Enfrenta dificuldade de arrumar até um vice.
O campo da direita – Já desde a semana passada, o chamado “Centrão” – deveriam chamar de “Direitão” – viveu um pânico generalizado. Baixaram uma ordem unida – vindo diretamente da Globo – para que todos se unificassem em torno do velho Picolé de Chuchu, envolvido até o pescoço em corrupções e maracutaia nos 24 anos de desgovernos da tucanalha paulista. Temer mandou sua base de apoio inteira apoiá-lo. Aliás, o governo em desagregação do Temeroso tem 29 ministros, dos quais 14 são de partidos da base aliada. O PMDB tem cinco; o PP tem três; e todos os outros têm um (PSDB, PSD, PRB, PTB, PR e Podemos). Todos esses, à exceção ainda do PODEMOS de Álvaro Dias, fecharam com Alckmin. Ou seja: ficará difícil ele se apresentar como candidato que não seja do governo Temer. Como disse a Manuela, pré-candidata do PCdoB, “Alckmin é Temer e Temer é Alckmin”. Mas e Meirelles? Minha intuição é de que vai retirar também. E só não o fará também para dar argumento ao próprio Alckmin dizer “o candidato do Temer não sou eu... é o Meirelles. Só rindo mesmo. Eles acham que o povo é burro e vai acreditar nisso. Aqui registro a opinião – que é de vários analistas – no sentido de que se o Picolé de Chuchu quiser mesmo crescer, terá que bater, em um primeiro momento, em Bolsonaro, ou seja, tentar recuperar os votos perdidos pela tucanalha para o campo dos fascistas. Não posso deixar de registrar sobre a candidatura de Marina Silva, da tal REDE. Os seus índices relativos de pesquisa serão desidratados. Eles ainda refletem duas eleições consecutivas e muita exposição patrocinada pela mídia golpista. Mas, tal qual Bolsonaro, está isolada e com oito segundos na TV. Vai representar um fiasco.
A candidatura Lula – Não há pesquisa que não registre, desde que Lula saiu da presidência em janeiro de 2011, que ele foi o melhor presidente da história. Não houve no Brasil um político que teve a sua vida tão devastada e devassada como Lula. Extensiva a toda a sua família. Da dona Marisa, que eles mataram, aos seus filhos. Quebraram todos os seus sigilos bancários, telefônicos, fiscais. Vasculharam todos os cartórios do país para ver se ele e sua família não teríam propriedades registradas. Com apoio do imperialismo e seus órgãos de repressão internacional, vasculharam em todos os paraísos fiscais para verificar se ele escondia os tais milhões de dólares. Jamais apareceu qualquer coisa. Uma continha sequer. Uns trocados. À exceção de um barco de lata e dois pedalinhos, Lula mora no mesmo apartamento em SBC onde está há 20 anos. Grampearam suas ligações com seus advogados e até com a presidenta da República. As centenas de planilhas de corrupção, subornos e propinas de todas as empreiteiras em nenhum momento aparece o seu nome. Que fazer então? Montou-se uma farsa jurídica encabeçada pelo agente do imperialismo e de seus órgãos de segurança, que se apresenta como juiz (sic) Sérgio Moro da dita República de Curitiba, tão endeusada pelos fascistas como modelo de democracia. O “processo” inquisitorial montado contra Lula só tem delações e cujos delatores tiveram reduções drásticas de suas penas (uns caíram de cem anos de prisão para um ano e ainda assim domiciliar; tiveram milhões de dólares devolvidos e legalizados que vieram do exterior... bandidos e corruptos confessos que viraram heróis da classe média e da mídia golpista). Esse “processo” o condenou a nove anos de prisão, amplificado para 12 anos pelos “juízes” do TRF-4 de Porto Alegre. Não é que não tenha provas contra ele no “processo”. Não há um crime sequer tipificado e com base no nosso ordenamento jurídico constitucional. E quem diz isso são pelo menos 120 juristas em um livro recém publicado onde eles demolem a tal famigerada “sentença” do juiz tucano. As próximas pesquisas de opinião vão elevar a candidatura Lula a um patamar de mais de 40%. Se excluirmos brancos, nulos e abstenção, isso vai significar mais de 50% dos válidos ou mesmo 55%. Não tem para mais ninguém. Isso desestabiliza o cenário. Impõe instabilidade. Como decidir sobre eleições sem levar em consideração esse fato, ou seja, o fenômeno chamado Lula? Por isso a unificação da direita (resta saber se Álvaro Dias e Henrique Meirelles resistirão mesmo e se unificarão com o Picolé). Aqui, cabe a mim, como alguém de fora das fileiras do Partido do Trabalhadores, elogiar a postura de firmeza mantida até o momento pela direção, de assegurar que Lula será registrado e será candidato mesmo preso. Não será o primeiro na história mundial e nem o último. Não será o primeiro condenado injustamente que voltará a conduzir o seu povo. Discutir neste momento, inclusive, o tal “Plano B” é prestar um desserviço ao próprio Lula, ao PT e ao povo que o apoia.
O caso Ciro Gomes – Filiado recentemente ao PDT, mas já tendo passado por quase dez partidos diferentes, Ciro Gomes tem perfil e discurso nacionalista. Tem origem no campo da direita, mas migrou com toda a família Gomes, para o centro e mesmo para a centro-esquerda. No entanto, errou brutalmente seu cálculo eleitoral. Apostou que, como a prisão de Lula, ele herdaria todos os votos do lulismo e do petismo e mesmo da esquerda, onde, parte dela, encantou-se de fato com sua candidatura. Isso o afastou do PT e de outros partidos mais à esquerda, como o PCdoB, em que pesem sinais deles aos comunistas propondo coligação. Mas, Ciro optou em flertar com a direita, que a mídia chama de “Centrão”. Chegou a pedir ao fascistinha que é prefeito de Salvador, ACM Neto, uma lista nominal de todos os membros do famigerado DEM que ele tenha ofendido para que ele pudesse ligar e pedir perdão. Apresentou-se como um candidato do mercado, neoliberal, com um ou outro viés nacionalista. Ou seja, fez uma guinada ao centro e à direita, já que a estratégia de “herdar” votos do lulismo não vinha dando certo. Perdeu. Não decolou e não vai decolar. Vai ser esvaziado. Terá pouco tempo de TV e não fechará nenhuma coligação mais ampla. Talvez por já ter cruzado o Rubicão (em alusão ao cruzamento de rio famoso na Itália por Júlio César em 49 aC detonando uma guerra civil), acho muito difícil Ciro e seu PDT coligarem com Lula e o PT, aceitando a vice-presidência. Será muito difícil ir ao segundo turno. Aqui o registro também dos que apostaram no fim do chamado lulismo e quebraram a cara.
Manuela e o PCdoB – O Partido – mais antigo da história do Brasil com quase cem anos de existência – vem acertando na sua tática desde o seu 14º Congresso Nacional de novembro de 2017, quando lançou a pré-candidatura da jovem Manuela D’Ávila à presidência da República. Isso jamais significou em tempo algum o rompimento com o Partido dos Trabalhadores com quem é aliado e coligado desde 1988 (com Erundina na prefeitura de SP). Manuela vem cumprindo com elevada maestria a tarefa que lhe foi designada, qual seja, difundir o mais amplamente, as propostas do Partido para o Brasil. Fala, com a maior amplitude, sobre o socialismo que o Partido defende. Saltou de 1% para até 3% nas pesquisas em pouco tempo de atividades e com baixa exposição na mídia. Ela domina bem a linguagem das redes sociais. Sua formação marxista sólida permite com que ela venha sendo admirada e elogiada amplamente por muitos setores da sociedade, artistas, intelectuais, professores universitários, escritores, juristas, religiosos. O PCdoB chamou, no seu Congresso, à construção de uma Frente Ampla. Muito mais ampla dos que as conhecidas experiências do CNA (África do Sul), OLP (Palestina) e Frente Ampla (Uruguai). Sempre soubemos que a esquerda sozinha não vence eleições. Mas, a vida impôs nova tática. O Comitê Central do Partido, reunido em SP entre os dias 20 e 22 de julho, aprovou por unanimidade, um chamamento à unidade do campo da esquerda. Nominou os partidos de forma clara: PT, PDT, PSB e PSOL. À exceção deste último – que acho que não vai atender ao apelo – todos os outros podem e devem sentar à mesa para negociar a unidade. E não há dúvidas que deve ser em torno de Lula ou de quem – no limite – ele venha ter que indicar se a justiça insistir em seguir rasgando a Constituição e impedir a sua candidatura. É preciso sentar à mesa. Negociar a vice-presidência. Proceder acordos políticos e eleitorais em estados chaves, em especial como SP, PE e RS. E nesse sentido, não tem como não registrar que o Partido terá ainda uma papel mais decisivo e estratégico neste jogo se sinalizar ou for o primeiro mesmo a fechar com Lula. Isso deixará Ciro ainda mais isolado e poderá ter o papel de forte atração para o PSB coligar-se. Esse cenário, se concretizado, sería vitória indubitável no primeiro turno, ainda que saibamos da resistência em todos esses partidos, para essa construção. Hoje, restou-nos apenas e tão somente a Frente de Esquerda, o mais ampla possível, progressista, patriótica, popular. Nosso problema com a unidade não tem a ver com o programa para o país. Este está bem construído e unificado. A própria Frente Brasil Popular tem um programa amplamente debatido no país bastante avançado e chancelado pelo PT e pelo PCdoB, além da CUT, CTB, Marcha Mundial de Mulheres, UBM, UNEGRO, CMP, CONAM, UNE, UJS, movimentos LGBT, pastorais católicas etc.
Dilemas do PSB – Este Partido tem trajetória errante. É o segundo mais antigo do país, da década de 1940, vem de tradições socialdemocrata, que se apresenta como “socialista”. Até nas primeiras eleições presidenciais desde 1989, ainda quando presidido pelo velho e combativo companheiro Miguel Arraes, governador cassado de PE pela ditadura de 1964 e que voltou a governá-lo duas vezes depois da redemocratização, o PSB integrava, sem dúvida alguma, o campo da esquerda e centro esquerda. No entanto, depois que Eduardo Campos afastou-se de Lula e do PT para carreira solo, foi gradativamente assumindo um discurso direitista ou de centro-direita. Com sua morte, a também direitista Marina Silva foi a opção de dividir a esquerda ainda no primeiro turno (apoiou depois no segundo turno, descaradamente o corrupto Aécio Neves, um dos maiores articuladores do golpe contra Dilma). Hoje o PSB pode ter quatro caminhos distintos. O primeiro, é lançar um ou uma candidata laranja, só para fazer figuração. Uma segunda opção é ficar completamente neutro, de forma que suas seções estaduais fiquem à vontade para coligarem-se com quem quiserem. Há uma hipótese – acho pequena – de coligação com Ciro e por fim, uma quarta alternativa – a melhor de meu ponto de vista – que sería coligar-se com Lula e o PT. Claro que isso podería demandar arranjos regionais, em especial em demonstração de desprendimento por parte do PT em Pernambuco.
Considerações finais
Como já disse, estas serão as mais indefinidas e imprevisíveis eleições desde 1989. Simplesmente porque o líder inconteste e isolado nas pesquisas, que é o Lula, encontra-se preso e pesam sobre sua candidatura dúvidas jurídicas sobre sua viabilidade. Mas, algumas conclusões e prognósticos posso fazer. São eles.
1. Abstenções, votos nulos e brancos vão crescer – Venho chamando esse índice de ABN (abstenções, nulos e brancos). Ele vinha caindo desde 1998 há vinte anos, quando atingiu 37,16% (são os chamados votos desperdiçados, perdidos, jogados fora pelo eleitorado), para 27,5% em 2016. Mesmo se Lula conseguir se viabilizar juridicamente, minha previsão é que o índice ABN deve voltar a crescer, ultrapassando novamente os 30% do total do eleitorado registrado. Se Lula não puder ser registrado e ter que indicar outro em seu lugar, estou seguro que poderemos ter até 40% ou ainda mais de ABN. Rigorosamente, para a esquerda nas eleições proporcionais isso não será ruim de todo, na medida que seus votos são mais firmes e decididos e índice ABN alto significará menor quociente eleitoral e menor linha de corte na votação nominal dos eleitos.
2. A força de Lula – Diversas pesquisas mediram, ao longo do tempo, a força da transferência de votos de Lula. Não só quando ele elegeu e reelegeu Dilma e Haddad na prefeitura de SP, mas na atualidade. O Instituto DataFolha parou de aferir a força do “Candidato indicado pelo Lula” desde fevereiro. Até lá era de 27%. O melhor Instituto de Pesquisas da Atualidade, do sociólogo e amigo Marcos Coimbra, aponta essa força que pode atingir até 32%, aliada com a popularidade do próprio Partido dos Trabalhadores, disparado na frente da preferência do eleitorado brasileiro. Assim, não tenho dúvidas. Se Lula se viabiliza, a chance de vitória já no primeiro turno é imensa. Se ele apoia um ou uma petista, este irá, seguramente, para o segundo turno.
3. A libertação de Lula e sua absolvição – O golpe de 2016 não foi desfechado pelo imperialismo, pela mídia e pelo Partido da Justiça para deixar Lula voltar a presidir o país. Como já se tem visto pelo programa divulgado, o Lula hoje é muito mais à esquerda do que o Lula das eleições anteriores. Compreende muito mais a questão anti-imperialista, soberania nacional, regulamentação da mídia entre outros temas. Mas, acho que a sua libertação e mesmo anulação de toda a farsa jurídica montada para a sua condenação ainda vão perdurar. Será preciso alterarmos a correlação de forças na sociedade para que as coisas mudem. Mandela teve que esperar 26 anos para ser libertado. Não creio, claro, que vá todo esse tempo, mas não tenho ilusão que as injustiças que foram cometidas contra eles sejam reparadas em curto prazo. Tudo pode ocorrer neste processo eleitoral. Até uma hipótese que reputo remota, de dois candidatos direitistas no segundo turno, como o que ocorreu na França, onde um candidato minoritário no eleitorado governa o país. Ou mesmo um candidato de direita e um petista, com a vitória da direita. Ou, no limite, a não ocorrência mesmo de eleições. Tudo pode acontecer. Traidores do povo, com apoio dos jornais impressos da burguesia e suas TVs estão em campo e 24 horas à postos para tramar contra a pátria e a Nação brasileira. Falam em português a língua do império e o que este determina.
Mas, estou esperançoso que, ainda assim, com sabedoria e ampla unidade, venceremos mais essa batalha em uma guerra ainda longa.
*Sociólogo, Professor, Escritor e Analista Internacional. Foi professor de Sociologia e Métodos e Técnicas de Pesquisa da UNIMEP e presidente da Federação Nacional dos Sociólogos – Brasil. É colaborador dos portais Vermelho, Grabois, Duplo Expresso e Resistência, bem como da revista Sociologia da Editora Escala. Tem nove livros publicados de Sociologia e Política Internac