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Sociologia no Ensino Médio: Desafios e Perspectivas

Professor Lejeune - 17-07-2015 8945 Visualizações

livro3Título do Livro: Sociologia no ensino médio: Desafios e perspectivas.
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Autor – Lejeune Mirhan
Editora – Anita Garibaldi Ano – 2015
Páginas – 288 ISBN – 978-857277157-3

Preço de Tabela: R$50,00

O mercado editorial brasileiro acaba de ganhar um novo livro sobre um tema inédito: o mercado de trabalho dos sociólogos brasileiros. Mas, o que fazem mesmo esses profissionais, cujos diplomas são “bacharel em Ciências Sociais” ou “bacharel em Sociologia”?


Lançado PelaEditora Anita Garibaldi, o livro foi escrito pelo sociólogo e professor Lejeune Mirhan, antigo militante da área do sindicalismo dos profissionais liberais. Presidiu a Federação Nacional dos Sociólogos e o Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo.


O livro, conforme o próprio autor relata, é fruto de pesquisas e experiências pessoais ao longo de 30 anos. A estimativa é que devemos ser em todo o país pelo menos 40 mil formados.Todos esses/as sociólogos/as atuam como tal?


que são quatro os grandes blocos entre esses 40 mil. Uma quarta parte jamais trabalhou e nunca trabalhará como sociólogo. Geralmente, faz o curso de CS para “ampliar seus conhecimentos e horizontes culturais” (baseia-se em uma pesquisa feita pela USP). Outra quarta parte está vinculada à docência no ensino médio e superior. Esse é o mercado mais cativo dos sociólogos. Uma outra quarta parte atua como sociólogo, desempenha funções compatíveis com a sua formação, mas é contratado com outras denominações, por exemplo: “analista de desenvolvimento urbano”, “analista ambiental”, mas é formado em CS. Por fim, o último bloco são os sociólogos que exercem diretamente a função e são contratados nessas condições.


O livro é interessante pelos dados que traz e propostas que o autor apresenta à categoria, todas no sentido de ampliar o mercado de trabalho dos sociólogos. Menciona mais de 130 cursos de Ciências Sociais com quase 30 mil estudantes matriculados. Sabemos que muitos desses seguirão a carreira de cientistas políticos ou antropólogos. Mas a imensa maioria optará por ser sociólogo.

O autor identifica pelo menos 18 áreas de mercado de trabalho onde temos a presença de sociólogos. Divide essas áreas em três blocos: o primeiro ele chama de mercado tradicional e bem consolidado. Usa o termo “bem aquecido”. Aí está a docência propriamente dita, pesquisas de opinião e de mercado e pesquisas acadêmicas na área de Ciências Sociais.

Os dois blocos restantes, o autor chama de “áreas não exclusivas – mercado relativamente aquecido” e menciona isso em função de que diversas outras profissões também atuam nessas áreas. Entre elas, ele cita meio ambiente, planejamento, reforma agrária, marketing político, entre outras. Por fim, o terceiro bloco chama de “áreas de trabalho em disputa com outras profissões – mercado pouco aquecido e desenvolvido”. São novas áreas onde já aparecem muitos profissionais, mas ainda são dominadas por outras profissões. O autor cita as relações internacionais, a saúde, a justiça, o setor carcerário, o legislativo, os recursos humanos, a editoração, a comunicação, a cultura e a assistência social, esta última, em especial no SUAS.


e no Brasil como ciência, a implantação das primeiras escolas, as linhas de pesquisas adotadas desde 1936, quando formaram-se os primeiros seis sociólogos (todos homens) pela Escola de Sociologia de São Paulo. O primeiro projeto que tentou legalizar a nossa profissão foi apresentado na Câmara dos Deputados, em 1960. E demoraram 20 longos anos para que a Lei 6.888 de 10 de dezembro de 1980 fosse finalmente sancionada, reconhecendo a profissão de sociólogo no Brasil. A regulamentação veio só em 1984 e os primeiros sindicatos vieram a partir da chamada Nova República, em 1985. A Federação Nacional dos Sociólogos surge em 1988, há 27 anos, mas, com registro em cartório em 1989. Funcionou, contudo, por muitos anos, mais como um movimento social do que uma federação sindical propriamente dita. Há vários capítulos que prestarão imensos serviços aos nossos profissionais. Um deles é sobre o chamado sindicalismo de profissões, em especial de profissionais liberais. O que vem a ser isso? Quantos podem ser considerados “liberais”, no Brasil? Porque os sociólogos foram enquadrados nessa condição? São abordados temas como piso salarial, hora/consultoria, planos de carreira, proposta de currículo mínimo a ser adotado nos cursos de Ciências Sociais e Sociologia. O autor elenca vários anexos, todos de muita utilidade. Publica a Lei e o Decreto de nossa regulamentação, na íntegra. Apresenta uma sugestão de código de ética profissional e uma proposta de Lei que cria o Conselho Federal de Sociólogos e os regionais. Reúne várias tabelas com todos os congressos nacionais de sociólogos ocorridos no Brasil, sendo o primeiro em 1980. Cita todos os presidentes das entidades nacionais, inclusive a “Associação dos Sociólogos do Brasil – ASB”. O livro é encerrado com a participação de sociólogos. O autor publica 15 entrevistas com fotos de sociólogos que atuam nas diversas áreas do mercado de trabalho que ele identificou nas suas pesquisas. O livro é ricamente ilustrado com cartoons de profissionais sociólogos, que atuam nas 18 áreas. Vale a pena que professores, estudantes de Ciências Sociais, Sociologia, Sociologia e Política e, em especial, nossos colegas sociólogos, leiam essa obra inédita no mercado editorial brasileiro.